MESA REDONDA
• COSMOPOÉTICAS DO (IN)VISÍVEL •
Imagens que Cantam e Dançam
A partir das pesquisas e práticas dos convidados, o debate propõe um diálogo livre com as "cosmopoéticas da fuga", pensadas pelo filósofo Dénètem Touam Bona, e com os filmes apresentados na mostra Cosmopoéticas do (in)visível. Como as imagens, palavras e sons podem se constituir enquanto experiências furtivas de resistência? Que outras formas de vida e relações são inventadas nessas ações em modo menor, que operam menos "como uma forma de conquista do que de subtração de poder", e que apontam para "uma outra relação com o mundo que privilegie a escuta – o sentido de ressonâncias e de correspondências – mais do que a visão"?
com Edimilson de Almeida Pereira, Marcela Bonfim e Olivier Marboeuf
mediado por Lúcia Monteiro
data e horário 14 de novembro, 16h
Edimilson de Almeida Pereira (1963) é poeta, ensaísta, autor de literatura infanto-juvenil, professor na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Sua obra ficção inclui O Ausente (Relicário, Belo Horizonte), Um corpo à deriva (Edições Macondo, Juiz de Fora) e Front (Nós Editora, São Paulo), publicações de 2020.
Marcela Bonfim, economista, era outra até os 27 anos. Na capital paulista, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia, adquiriu uma câmera fotográfica e, no lugar das ideias, deu espaço a imagens e contextos de uma Amazônia afastada das mentes de fora, mas latentes às vias de dentro. As lentes foram além, captando a diversidade e as inúmeras presenças negras; potências e sentidos antes desconhecidos a seu próprio corpo recém-enegrecido. Em seu trabalho ela aborda a questão: quanto tempo demora, o negro, para se firmar nesse mundo (in)visível? Para saber mais sobre o trabalho de Marcela Bomfim: www.amazonianegra.com.br
Olivier Marboeuf é escritor, performer, curador independente e produtor de cinema. Ele fundou o centro de arte independente Espace Khiasma, que dirigiu de 2004 a 2018 em Les Lilas, nos arredores de Paris. Interessado nas diferentes modalidades de transmissão de conhecimento, as proposições de Olivier Marboeuf se inscrevem amplamente em práticas de conversação e narrativas especulativas. Atualmente, ele produz filmes na Spectre Productions. Ele é, desde 2017, um dos membros da The Living and the Dead Ensemble. Leia textos recentes de Olivier Marboeuf sobre teoria de cultura decolonial, corpo como arquivo e novas cenas de representação em seu blog Toujours Debout.
Lúcia Monteiro é professora-adjunta do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense. Doutora em estudos cinematográficos pela Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3 e pela USP, com uma tese sobre "A iminência da catástrofe no cinema", trabalha também como crítica e curadora. Idealizou as mostras "África(s). Cinema e Revolução", "África(s). Cinema e memória em construção" e "A Caliwood de Luis Ospina. Cinema colombiano de vanguarda".